Editorial
Ser antifascista é ser defensor da luta revolucionária rural pela terra a quem nela trabalha e pela destruição do latifúndio, que aponta para a transformação da estrutura agrária latifundiária pela via proletária, onde se combate a extrema-direita armada, muito mais do que a defesa genérica de democracia.
A pergunta não é mais “quem mandou matar Marielle”, e sim: por que as “autoridades” – inclusive da falsa esquerda, que cala e busca enterrar o caso – estão acobertando o mandante?
Que as ações combativas das massas polarizem verdadeiramente a Revolução Agrária versus a reação, quer sejam os fascistas quer sejam os ultrarreacionários; assim, e só assim, os trabalhadores ou pequenos proprietários comuns, sentindo-se impotentes com a velha democracia burguesa que os fazem de tolos, e enfurecidos com tantas injustiças, saberão canalizar sua justa ira para o caminho revolucionário, e não para o caminho do fascismo
Em suma, conciliar com o bolsonarismo na luta de classes é a segunda forma de anistiá-lo, de fato, e neste crime tomam parte todos os oportunistas, inclusive o governo federal.
Na Faixa de Gaza, que é hoje um reduto de heróis e heroínas, tudo está em função da causa nacional e tudo nasce em torno da luta armada de libertação nacional. A Palestina é humanidade progressista reunida em uma causa, em uma guerra de libertação. Sinwar é, hoje, um herói desta humanidade
Hoje, os pobres do campo têm um movimento camponês revolucionário munido de uma estratégia, de um programa revolucionário de natureza proletária para transformar o campo e das formas de luta que lhes permitem vencer e triunfar, ainda que numa luta prolongada e a despeito do enorme desequilíbrio de forças; e que essa organização está, crescentemente, dando direção revolucionária na luta pela terra, quer seja direta, quer seja indiretamente
Aos democratas e revolucionários, a situação nos requer máxima potência na mobilização das massas empobrecidas, por desmascarar toda e qualquer ilusão e combater a extrema-direita em todos os termos, sobretudo no campo, ecoando os enfrentamentos armados entre revolução e contrarrevolução, entre massas em luta e as hordas paramilitares bolsonaristas, e tomando firme posição pelos primeiros
Esta conflagração armada hoje encontra-se indesligavelmente vinculada de modo completo com o movimento revolucionário proletário, como nunca estivera antes na história do País. É aqui onde pode nascer, e onde nascerá, o Poder Popular, a Nova Democracia, que hoje, mais do que nunca, emana das massas camponesas armadas que se educam nos combates, verdadeiramente revolucionários, às hordas bolsonaristas, sob direção do proletariado.
A consigna de “Viva a Revolução Agrária! Morte ao Latifúndio!”, como foi defendida em Jaqueira e em São Paulo no mesmo fim de semana, é o único caminho para o povo brasileiro avançar a luta revolucionária até a conquista da Nova Democracia. Morte às milícias e hordas paramilitares bolsonaristas! Viva a luta revolucionária!
A ofensiva do latifúndio bolsonarista contra as massas camponesas, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, na busca insana por abocanhar enormes porções de terras devolutas ou de preservação, é uma luta armada contra o povo, sob os auspícios do governo de turno, que nada faz