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Evento da AATR denuncia grilagem de terra no Matopiba. Foto: Reprodução
No dia 28 de setembro, o Comitê de Apoio ano AND de Salvador esteve presente em um evento na Universidade do Estado da Bahia (UNEB) que denunciava a grilagem de terras e avanço do latifúndio sobre o Matopiba, região formada por áreas majoritariamente de cerrado nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
O evento “Na fronteira da (i)legalidade: Desmatamento e grilagem no Matopiba” ocorreu na Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb), organizado pela Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais (AATR), e contou com grande participação de estudantes de direito, professores e advogados que lotaram o auditório.
O evento, por meio de um estudo elaborado pelos pesquisadores da AATR, denunciou o avanço brutal do latifúndio por meio do desmatamento e da grilagem sobre o Cerrado na região do Matopiba, que tem causado devastação e violência sobre os camponeses pobres, tudo com o aval do velho Estado, do poder executivo e judiciário. Estas regiões, hoje, têm despertado interesses dos latifundiários da soja, que têm subido desde a região Centro-Oeste e aprofundado a exploração desta área. A pesquisa completa pode ser ada e baixada no site www.matopibagrilagem.org.
Evento da AATR denuncia grilagem de terra no Matopiba. Foto: Reprodução
Apoiadores de AND denunciam o latifúndio
Evento da AATR denuncia grilagem de terra no Matopiba. Foto: Reprodução
Os ativistas do Comitê de Apoio venderam exemplares de AND e saudaram o evento, destacando a relevância do tema, denunciando o avanço do latifúndio no Brasil e a violência contra os camponeses, indígenas e quilombolas. Também apontaram como nenhuma das candidaturas presidenciais mostrou qualquer oposição ao avanço do latifúndio no país e que isso levaria uma inevitável, crescente e aguda luta pela terra das massas camponesas no campo contra o latifúndio, sendo fundamental o apoio dos estudantes, professores e advogados nestas batalhas.
Um advogado popular também mencionou a luta pela terra da Liga dos Camponeses Pobres (L) no sul da Bahia e apontou ao caminho combativo e popular da luta, afirmando que: “como as coisas vão, só vai restar esse caminho”.
O debate se abriu e foram feitas muitas intervenções combativas destacando como o avanço do latifúndio, travestido de “agronegócio”, representa, na verdade, um atraso para a economia de nosso país e miséria e exploração para as massas populares.
Evento da AATR denuncia grilagem de terra no Matopiba. Foto: Reprodução