A Polícia Federal (PF) do governo de Luiz Inácio deteve, na manhã do dia 23 de novembro, o ativista pró-Palestina Thiago Ávila duas vezes em seu trajeto de volta do Líbano para o Brasil. A primeira detenção foi em um aeroporto de Londres, e a segunda no aeroporto de Guarulhos. 18266b
De acordo com Ávila, os agentes da PF perguntaram sobre o trajeto feito por Thiago, as motivações da viagem e as pessoas com quem ele encontrou. “Perguntaram sobre o nome, quem eram, descrições físicas (…) eu disse que não estava disposto para responder nenhuma dessas perguntas”, contou ele, nas redes sociais.
Ávila comenta que a violação que sofreu está inserida em um contexto amplo de outras perseguições pró-sionismo no Brasil, como a perseguição de grupos sionistas a diplomatas como Cláudia Assaf e acadêmicos como Reginaldo Nasser.
A mesma Polícia Federal que deteve Thiago Ávila também perseguiu, por meio de inquérito, o jornalista pró-Palestina Breno Altman.
Esse ano, a PF também impediu a entrada do professor universitário palestino Muslim Ajaar, que veio ao Brasil para visitar familiares. O AND conversou com Muslim sobre a detenção, em uma entrevista exclusiva.
De acordo com a PF, Muslim estava em uma lista de procurados do FBI, polícia federal ianque.
A teia de casos mostra como a Polícia Federal brasileira segue à risca as ordens enviadas pelo imperialismo norte-americano e seu bastardo, o Estado sionista de Israel.
Além de uma violação dos direitos mais básicos, se trata da explicitação de falta de soberania nacional no País, com instituições policiais serviçais das classes dominantes de regimes estrangeiros.