O governo do Estado do Acre anunciou na última terça-feira (26) a instalação de um hospital provisório em Feijó, com o objetivo de atender a população local enquanto as obras do Hospital de Feijó ainda estão em andamento. A unidade será instalada em um prédio recém-construído, originalmente destinado à Secretaria de Meio Ambiente (Sema), que será adaptado para funcionar como hospital até maio de 2024. 18543u
A decisão foi tomada após uma reunião que ocorreu ontem, entre a população de Feijó e os secretários estaduais Pedro Paschoal (Saúde), Ítalo Lopes (Obras) e Luiz Calixto (Governo).
A reunião pública realizada na Câmara de Vereadores de Feijó, que discutiria a situação da saúde no município, foi marcada por um episódio de grande tensão. Durante o encontro, moradores denunciaram que alguns vereadores tentaram desviando a discussão para interesses próprios.
Um dia antes, durante uma reunião dos vereadores na Câmara Municipal, um dos vereadores chegou a ameaçar chamar a polícia para retirar a população do local, o que gerou indignação entre os presentes. O mesmo vereador também insultou uma das mulheres da comissão do movimento SOS HGF.
O governador Gladson Cameli, que se encontrava em Feijó para o lançamento de obras de pavimentação de uma rua na cidade, decidiu não comparecer à reunião pública. A decisão gerou ainda mais indignação entre a população, que esperava uma presença direta do governador para resolver as pendências relacionadas ao hospital e à saúde no município e não apenas os representantes de gabinete.
Durante a reunião, a comissão organizadora do movimento SOS HGF apresentou uma lista de exigências, que foram entregues ao governo estadual como parte do processo de negociação. Entre os itens solicitados, destacam-se a entrega da sala de raio-X até janeiro de 2025, a conclusão da obra do pavilhão 1, que está em reforma, com previsão de conclusão para maio de 2025, e a especificação da medida provisória para realizar o processo.
Além disso, o acordo entre as partes ainda prevê a criação de um canal de comunicação direta entre os secretários de Saúde, Obras e Articulação Política e a comissão organizadora do movimento.
A comissão terá o livre para fiscalizar o andamento das obras sempre que necessário. Também ficou acordado que a obra será vistoriada pela Secretaria de Obras Públicas (SEOP) e a Secretaria de Saúde (SESACRE) a cada 30 dias, com a presença da comissão do movimento para garantir a transparência e o acompanhamento da execução.
A expectativa entre o povo é que através da luta organizada pelo SOS HGF, a situação seja resolvida de forma eficiente, garantindo o o à saúde para a população da cidade, que sofre com o descaso governamental.
