RJ: Mototaxistas fecham BR-101 com pneus incendiados, após colega de profissão ser assassinado por PM 2r3nw

RJ: Mototaxistas fecham BR-101 com pneus incendiados, após colega de profissão ser assassinado por PM 2r3nw

Familiares e moradores revoltados com assassinato cometido por policial, fecham BR-101 com pneus incendiados. Foto: Reprodução 3d211a

Mototaxistas e moradores construíram uma barricada de pneus em chama para fechar a pista sentido Niterói da BR-101, na altura do quilômetro 306, próximo ao Jardim Catarina, na cidade de São Gonçalo, no dia 20 de outubro. O protesto foi contra a morte de um mototaxista chamado Smaly Silva, de 24 anos, que foi baleado e morto por um policial militar na noite do dia 17/10 após, segundo a polícia, “não obedecer uma ordem de parada”.

Os trabalhadores se revoltaram contra a ação covarde da polícia, sendo que a região já tem um histórico de violência policial. Vários trabalhadores locais já foram assassinados nas mãos dos militares.

A via ficou interditada até o fim da manhã. Policiais do 7º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) estiveram presentes no local.

Após a chegada do Corpo de Bombeiros os manifestantes foram para outro ponto do bairro, na RJ-104, onde também atearam fogo em objetos e interditaram novamente a via, dessa vez, no sentido Alcântara.

No dia do assassinato, 17/10, os moradores e familiares já haviam feito um ato fechando a via imediatamente após o ocorrido.

Nas redes sociais amigos e familiares comentaram que o homem deixou dois filhos e esposas. Segundo os moradores, ele era inocente e trabalhador.

“Meu filho foi assassinado pelos PMs do sétimo. Ele sempre trabalhou, foi morto na covardia. A única ‘arma’ era a moto que fazia bico, ele nunca pegou uma arma, assim como eu”, escreveu o pai do jovem.

Em resposta a uma declaração da PM de que o rapaz era bandido e estava armado, uma prima respondeu: “Não façam isso, meu primo era trabalhador, menino de família. Mototáxi não é bandido, a ‘arma’ dele era a moto”.

Smaly Silva trabalhava como mototaxista até ser alvejado por um tiro disparado por PM

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