Em assembleia realizada no último dia 7 de maio, diversas categorias de servidores da Educação municipal de Goiânia (GO) se mobilizaram com indicativo de greve diante da postura do atual prefeito da cidade, Sandro Mabel (União Brasil), em protelar as negociações para o atendimento das reivindicações dos professores e técnicos istrativos, que lutam desde 2022 pelo Plano de Carreira e por reajuste salarial. No entanto, apesar das diversas falas defendendo a deflagração da greve, a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), deputada estadual Bia de Lima (PT), monopolizou o microfone e, após um discurso de aproximadamente 30 minutos, não colocou a greve em votação. 562o2d
Segundo levantou o correspondente local de AND, o prefeito Sandro Mabel se pronunciou dizendo que o Plano de Carreira ficará para 2026. Frente a isso, o SINTEGO disse que o caminho agora é “seguir nas negociações” (que não saem do lugar desde 2022) e, para tal, formou uma comissão escolhida a dedo pela presidente Bia de Lima durante a assembleia. A deputada petista ainda afirmou que “não vai inventar” e será apenas mantida a minuta já pronta, isto é, que nada será debatido com os trabalhadores.
Além disso, os presentes na assembleia relatam que um trabalhador da Educação manifestou interesse em participar da comissão de negociação, mas deixou o local imediatamente após a presidente do sindicato negar publicamente sua participação. Este trabalhador disse ter um estudo importante sobre a qualificação do quadro istrativo adequado ao aspecto pedagógico – tão cobrado, mas não valorizado, dos trabalhadores istrativos.
Uma servidora afirmou que o sindicato não estava cumprindo a sua tarefa de pautar a principal proposta dos trabalhadores – a greve – como o caminho necessário para garantir a conquista de ao menos parte dos muitos direitos perdidos, bem como para alcançar o tão urgente e necessário Plano de Carreira dos istrativos. A presidente pelega tentou se justificar dizendo que “é responsável” e “não é hora de fazer greve”.
Ao perceberem a manobra do sindicato, muitos começaram a gritar pedindo pela votação da greve, mas de nada adiantou, pois a assembleia foi encerrada. Os relatos indicam que, após o ocorrido, o clima no seio da categoria é de revolta. “Não podemos desistir, nossa luta é uma questão tanto da nossa sobrevivência humana quanto do direito à Educação de qualidade para o povo”, disse a mesma servidora ao AND.
O AND seguirá acompanhando a mobilização dos servidores da Educação em Goiânia.