AM: Massas se revoltam contra a violência policial no Viver Melhor 35211

Massas bloquearam vias e enfrentaram com coragem a tropa de choque policial.
Moradores incendiaram barricada contra violência policial. Foto: AND

AM: Massas se revoltam contra a violência policial no Viver Melhor 35211

Massas bloquearam vias e enfrentaram com coragem a tropa de choque policial.

No dia 13 de maio, moradores do conjunto Viver Melhor, em Manaus (AM), realizaram uma combativa manifestação denunciando a violência policial constante contra a comunidade. As massas queimaram pneus e interditaram as vias, enfrentando com coragem a tropa de choque. 4e5j52

Durante o ato, os moradores denunciaram que a Polícia Militar (PM) entra no conjunto atirando indiscriminadamente, colocando a vida de crianças e idosos que circulam na região em risco.

Segundo eles, a intervenção violenta aumentou após o início da atuação do Capitão da PM Dilson Castro no local, para o qual deixaram claro recado de que o Viver Melhor “não servirá de palco de ‘pirotecnia’ para policiais que buscam se promover nas redes sociais”.

Os trabalhadores ainda exigiram que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), órgãos de direitos humanos e mesmo o governo amazonense lhes prestassem atenção e ouvissem suas reivindicações. No ato, a palavra de ordem Fora Dilson Castro! foi a mais entoada pelas massas.

Segundo portal da transparência, Dilson ganha um salário de R$20.411,93 por mês e sua esposa, Naíza Serrulha, é uma empresária do ramo de restaurantes. Foto: Portal da Transparência

Testemunhas relataram ao AND que, logo que começou o ato, a ROCAM chegou para atacar os manifestantes com balas de borracha e gás lacrimogêneo. Ainda segundo os moradores, pouco antes disso, todos os veículos de imprensa que estavam registrando o protesto foram convocados pelo Capitão Dilson para cobrir uma suposta apreensão na delegacia, assim esvaziando o local de possíveis testemunhas da ação repressiva da PM.

Quem é o Capitão Dilson Castro? 1v23b

Um dos elementos a serviço da repressão mais detestados pelas massas da comunidade é o já citado Capitão Dilson Castro. Ele possui contra si uma extensa lista de acusações e já foi inclusive, de acordo com veículos midiáticos, segurança pessoal do governador Wilson Lima (União-AM).

Conforme levantou o Comitê de Apoio ao AND da região, o Capitão Dilson é mais um dos famigerados “policiais influencers” que, através de publicações em redes como o Instagram, difundem propaganda de extrema direita e se autopromovem estimulando o ódio contra o povo.

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Como todo medíocre policial hematófago das redes sociais, o Capitão da PM tem também claras pretensões eleitorais – provavelmente tentando aplicar a mesma fórmula utilizada pelo Sargento Salazar na capital amazonense. Em 2024, Dilson concorreu ao cargo de vereador pelo partido de extrema direita União Brasil, mas não obteve quantia suficiente de votos para ser eleito.

Um fato curioso é que em todas as eleições que se candidatou, seja em 2024 ou anteriormente, o PM não declarou nenhum bem. No entanto, segundo o Portal da Transparência, Dilson ganha um salário superior a R$ 20 mil por mês; além disso, sua esposa Naíza Serrulha é uma empresária do ramo de restaurantes.

Ainda em 2024, o “Portal Alex Braga” repercutiu a denúncia de que o Café Regional Naíza, empresa gerenciada pela esposa do PM, teria obtido favorecimentos do governo estadual para expandir seu negócio em tempo recorde, com direito a luxuosas estruturas localizadas em áreas nobres de Manaus. Tal favorecimento estaria (supostamente) vinculado à proximidade de Dilson com o governador Wilson Lima.

Já em abril de 2025, o Capitão foi acusado por uma moradora do bairro Santa Etelvina de tê-la agredido durante uma operação. A mulher chegou inclusive a abrir um boletim de ocorrência contra o policial, mas até onde se sabe não houve quaisquer encaminhamentos.

“Bateu [em mim] no camburão, não quis me dar água. Quando chegamos na Cicom, ele me agrediu numa sala, falou no meu ouvido que eu era uma ‘noiada’. Tu filmou essa parte? Vou solicitar as imagens da sua câmera corporal. Tu é um covarde. Você não só bateu em mim como bateu na senhora lá, e teve que soltá-la porque ela tem problema de pressão”, desabafou a trabalhadora num vídeo publicado em suas redes sociais.

Além disso, as massas populares do conjunto e toda a região vêm denunciando que o PM e seu colega de farda, Sargento Davi, estariam também envolvidos em arrocho do tráfico, execuções ilegais e agressões indiscriminadas contra os trabalhadores.

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