Na manhã da última quinta-feira (6/3), o policial militar Jocimar da Silva Pereira foi detido na Zona Norte de Porto Alegre devido ao suposto envolvimento em um esquema de extorsão e agiotagem a uma empresária residente de Xangri-lá, no litoral norte do estado. Outros envolvidos no esquema, um advogado e um empresário, seguem foragidos. 3f3ng
A vítima, proprietária de uma imobiliária no litoral, estaria ando por dificuldades financeiras em 2023, onde procurou um empresário que atuou no esquema de agiotagem, adquirindo empréstimos que somaram R$ 300 mil, que foram quitados pela vítima ao final de 2024, segundo as investigações da polícia, com 100% de juros, correspondendo a cerca de R$ 600 mil. Após quitar as dívidas, a mesma parou de pagar tal empresário, do qual utilizava o advogado envolvido no esquema para intermediar a quitação da dívida. Segundo a investigação, durante as cobranças, ambos constantemente ameaçavam e constrangiam a proprietária da imobiliária.
Segundo o relato da polícia para o monopólio de imprensa RBS, Jocimar entrou no esquema após a quitação da dívida, exigindo mais R$ 250 mil da vítima. Onde teria ameaçado torturar e atear fogo no estabelecimento da empresária extorquida – a mesma não teve a identidade revelada pelas autoridades, por motivos de segurança após as ameaças – do qual o local de seu estabelecimento chegou a ser alvo de disparos por arma de fogo com o propósito de intimidá-la. Jocimar estaria afastado devido a uma investigação da Corregedoria Geral da Brigada Militar, que apurou prática similar do policial militar em 2019. A associação criminosa de policiais militares não é novidade. Em 2024, sete brigadianos foram condenados por associação criminosa, onde desviavam para si armas e drogas apreendidas durante operações policiais.
Durante a execução do mandato de prisão realizado nesta quinta-feira, o policial militar detido disparou três vezes contra o celular utilizado nas extorsões após a batida da polícia em sua residência, aprendendo junto ao mesmo uma pistola, munições, uma máquina de cartão e o celular danificado.
Fato revoltante é que, mesmo com o acusado estando armado e efetuando três tiros após a batida em sua residência, mesmo assim, em momento algum a polícia tentou “legítima defesa”, como alegado em diversos assassinatos cometidos pela PM, como alegado durante o assassinato do jovem de 15 anos, Roger Joel da Silva, em Santo Angelo, onde a BM alegou sem provas que o mesmo estaria incrivelmente portando uma espingarda de calibre 12 – versão contestada por vizinhos que viram o jovem ser assassinado – disparando 8 vezes contra o mesmo.