Vários camponeses e ativistas progressistas foram mortos ou sequestrados no México nas últimas semanas, segundo denúncias de revolucionários mexicanos da Corrente do Povo – Sol Vermelho (-SV) divulgadas no boletim semanal da organização ontem (13/2). 6659r
Um camponês morreu em uma fazenda em Michoacán depois de pisar em uma mina terrestre antipessoal instalada na área. O equipamento é usado por grupos paramilitares em vários estados do País. Esses grupos são em grande parte financiados pelo Estado mexicano ou pelo imperialismo norte-americano.
Na comunidade de Acuaco, na Serra Nororiental de Puebla, pistoleiros de um comando armado executaram o professor José Luis Lucas Quirino, ativista da luta pela terra e em defesa do direito à água em sua comunidade. O professor estava chegando na Escola Primária Rural Juan Francisco Lucas, da qual era diretor, acompanhado de sua filha, quando foi fuzilado pelos paramilitares.
Os revolucionários também informaram que na semana ada o meio de comunicação A dónde van los desaparecidos (Onde estão os desaparecidos?) publicou uma reportagem sobre o desaparecimento forçado de Claudia Uruchurtu, Irma Galindo e Sandra Estefana Domínguez Martínez, três ativistas de direitos humanos em Oaxaca. As circunstâncias do desaparecimento apontam para o envolvimento do Estado no crime, conforme dnunciam os familiares das jovens.
O desaparecimento forçado, ou sequestro, é uma tática muito usada por forças reacionárias no México para eliminar ativistas progressistas, democráticos ou revolucionários. Essa semana, o chefete paramilitar Oscar Fernando “N” foi preso no estado de Colima junto de José “N” e Fernando “N”. Eles são suspeitos de estarem envlvidos no desaparecimento dos ativistas da causa indígena no estado de Michoacán, Ricardo Arturo Lagunes Gasca, um advogado, e Antonio Díaz Valencia, um professor.
‘Ianques, fora do México e da Palestina’
Em um outro curto comunicado, emitido no dia 11/2, os revolucionários da -SV condenaram o intervencionismo ianque de Donald Trump no México e na Palestina. “Os discursos e ações de Donald Trump contra o México ganham força devido à condição servil e subserviente do antigo Estado mexicano, que continua sendo um Estado latifundiário-burocrático, sujeito ao imperialismo majoritariamente ianque.”, diz o comunicado.
“O mesmo vale para os discursos e ações de Donald Trump contra a Palestina, dando força ao sionismo criminoso diante do olhar dócil da traidora ‘Autoridade Palestina’ que não representa o povo palestino nem sua heroica Resistência Nacional.”, continua o curto mas potente documento.
“O povo do México e da Palestina rejeita a intervenção americana. Ianques, fora do México e da Palestina! Viva a luta de libertação nacional”, concluem os revolucionários.