RJ: Educadores da capital aprovam continuidade da greve apesar de ameaças do Tribunal de Justiça  t5u3e

A assembleia ocorreu um dia após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e a prefeitura declararem a ilegalidade da greve, sem qualquer julgamento.
Foto: Reprodução

RJ: Educadores da capital aprovam continuidade da greve apesar de ameaças do Tribunal de Justiça  t5u3e

A assembleia ocorreu um dia após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e a prefeitura declararem a ilegalidade da greve, sem qualquer julgamento.

Mais de 2 mil profissionais da educação municipal do Rio de Janeiro aprovaram a continuidade da greve em uma assembleia realizada na última sexta-feira, 29 de novembro, na quadra do GRES São Clemente. 29b22

 A assembleia ocorreu um dia após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e a prefeitura declararem a ilegalidade da greve, sem qualquer julgamento. Para Thiago Lucas, professor de geografia da rede municipal, se trata de “mais um ataque do poder judiciário, que sempre que acionado atua contra os trabalhadores do Brasil”. 

A assembleia contou com a presença ostensiva da PM, seja com muitas viaturas fora da quadra, seja eando dentro do estabelecimento alugado pelo sindicato da categoria. Na ocasião, um policial à paisana foi expulso pelos profissionais da educação. Durante um momento foi realizada a tentativa de negociar com a PM. 

Segundo Eduarda Moura, professora do 7° ano: “eles alegaram que ‘precisavam usar o banheiro’. Nós tentamos conversar no sentido de explicar que a farda intimida a categoria, por saber como eles nos recebem quando vamos exercer o nosso direito à livre manifestação.”, lembrando também dos ataques com bombas de gás e efeito moral realizados na última segunda-feira (25).

RJ: Profissionais da Educação Municipal da capital entram em greve e enfrentam repressão policial – A Nova Democracia
O motivo da greve é o chamado “pacote de maldades” promovida pelo PLC 186/2024, na qual fragmenta uma série de direitos como às férias, eleva a carga horária sem qualquer reajuste salarial, e diminui o 13° salário
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Os educadores não se intimidaram e, com apenas um voto contrário, a continuidade da greve foi aprovada. Driblando as ameaças da PM, os grevistas marcharam até o busto de Zumbi dos Palmares, próximo à Central do Brasil.

A greve ocorre no contexto de luta contra a PLC 186, que retira uma série de benefícios dos servidores públicos, fatia seu direito às férias, além de elevar o tempo de trabalho sem qualquer aumento salarial. Para os professores, a medida prevê a diminuição do tempo de preparo das aulas e o aumento das horas em sala de aula. 

Uma nova manifestação está marcada para esta terça-feira (03), às 11h, com concentração na Candelária. Os educadores marcharão até a Câmara Municipal, na Praça da Cinelândia, onde a PLC 186 será votada. 

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