Na manhã do dia 20 de agosto, ocorreu uma nova sessão do Conselho Universitário (Consun) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) para decidir os rumos da assistência estudantil. A nova reunião aconteceu após a reitoria implodir a última sessão logo após ver que seria derrotada pelos estudantes em luta. 6u115j
Após início do Consun, a reitoria, ao invés de continuar a reunião de onde a outra havia terminado, decidiu dar informes sobre o que havia sido debatido na ilegítima reunião de segunda-feira (19) entre representações estudantis além da Ocupação Estudantil da Reitoria, que se iniciou contra a “Aeda da fome”.
Entre as propostas feitas pela reitoria estão: o auxílio emergencial e provisório de 400 reais para estudantes que recebem Bolsa Auxílio Vunerabilidade Social (BAVS); formar grupos de trabalho para debruçar sobre os alunos de ampla concorrência que precisam receber auxílios; Restaurante Universitário gratuito para alunos BAVS que perderam as bolsas.
A reunião seguiu sem abrir a votação com caráter de urgência e abriu inscrições “livres” como uma nova forma de prolongar e desmobilizar o protesto estudantil.
Às 13 horas, um grupo de mães e avós entraram uma uma faixa escrita “FILHOS E NETOS DA UERJ”, com fotos de filhos e netos de alunos. Frente à ação que explicitava o impacto direto da medida da reitoria sobre as famílias pobres que estudam na universidade, a reitora Gulnar usou a desculpa esfarrapada que teriam quebrado um quadro de sua neta e estava se sentindo ofendida com a manifestação legítima e suspendeu novamente a votação.
Revoltados com as falas da reitoria, os alunos em luta ocuparam o auditório com gritos de protesto, exigindo que a reitoria recuasse. Na ocasião, o professor e conselheiro universitário Guilherme Lúcio Abelha Mota, que anteriormente havia ameaçado enviar o Choque contra os estudantes e demagogicamente defendido o não uso de violência, agrediu um aluno com arranhões e empurrões.
A ocupação segue com dezenas de estudantes e prepara um novo ato para as próximas horas.