No último dia 9 de setembro, um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) compareceu à paisana e desacompanhado ao hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias (RJ), onde a criança de três anos Heloísa dos Santos Silva, baleada por agentes da PRF no mesmo dia 09/09, está internada. O policial se recusou a apresentar qualquer explicação para a sua visita naquela ocasião. 4l3915
A vítima está internada no CTI e se encontra em estado grave. A criança foi baleada duas vezes na região da coluna e da cabeça. Durante a visita injustificável ao CTI, o policial chegou a ser abordado pelo chefe de segurança do hospital, mas se recusou a dar explicações para a ida ao hospital.
Ao monopólio de imprensa, o procurador que investiga o caso, Eduardo Benones, afirmou que a presença do policial “não se justifica” e “causa preocupação”. Após o caso, o Ministério Público Federal (MPF) exigiu explicações sobre a situação, e ordenou que se reforçasse a segurança do CTI.
A violência policial não cessa mesmo após um grave crime ter sido cometido contra a vida de uma criança. Junto a vários outros casos recentes em que civis foram brutalmente assassinados por agentes policiais, a tragédia que Heloísa Silva está sendo vítima é, ao fim, mais um caso em que o aparato de repressão do velho Estado brasileiro revolta a todos pela sua atuação marcada pelo massacre diário contra o povo.