RJ: Trabalhador é preso injustamente no Complexo da Maré e familiares denunciam arbitrariedade 4y2y2d

No dia 25 de julho, o trabalhador mototaxista Diego Felipe foi preso injustamente junto de um ageiro menor de idade que o acompanhava, durante uma blitz da Polícia Militar (PM) na Penha Circular, zona norte da cidade do Rio de Janeiro.
Trabalhador Diego Felipe foi preso injustamente pela PM. Foto: Reprodução
Trabalhador Diego Felipe foi preso injustamente pela PM. Foto: Reprodução
Trabalhador Diego Felipe foi preso injustamente pela PM. Foto: Reprodução

RJ: Trabalhador é preso injustamente no Complexo da Maré e familiares denunciam arbitrariedade 4y2y2d

No dia 25 de julho, o trabalhador mototaxista Diego Felipe foi preso injustamente junto de um ageiro menor de idade que o acompanhava, durante uma blitz da Polícia Militar (PM) na Penha Circular, zona norte da cidade do Rio de Janeiro.

No dia 25 de julho, o trabalhador mototaxista Diego Felipe foi preso injustamente junto de um ageiro menor de idade que o acompanhava, durante uma blitz da Polícia Militar (PM) na Penha Circular, zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Em entrevista ao AND, a família de Diego denunciou a ação reacionária da PM. 52206s

Diego trabalha como mensageiro há 15 anos no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, no Fundão e há 3 anos tem trabalhado como mototaxista. A acusação é de que seu ageiro, menor de idade, estava carregando um fuzil desmontado, drogas e uma roupa camuflada. Apesar de não ter ciência de que seu ageiro poderia estar portando tais objetos, Diego foi acusado injustamente de ter envolvimento com o transporte destes. 

A família do mototaxista, em entrevista ao AND, relata que não foi comunicada sobre a prisão de Diego, pois foi negado a ele o direito de lhes telefonar avisando sobre sua situação. Os agentes de repressão do velho Estado alegam que o trabalhador abriu mão desse direito, entretanto os familiares contestam essa versão. Dada essa situação, seus parentes tiveram que investigar por conta própria o paradeiro de Diego, visitando locais como o Instituto Médico Legal, delegacias, etc. 

A família apresentou ao AND documentos que comprovam a condição de trabalhador de Diego, além de sua propriedade sob a moto que estava dirigindo. Foto: Banco de Dados/AND

Ao ser preso, o trabalhador foi levado para o 38º DP em Brás de Pina, e após a audiência de custódia, que deferiu prisão preventiva, foi encaminhado para o Presídio Tiago Teles de Castro Domingues, em São Gonçalo. Já o menor de idade foi solto.

A família denuncia que o processo contra Diego está repleto de irregularidades, como o fato de que, sendo réu primário, Diego teve sua prisão preventiva decretada sob a absurda alegação de que sua liberdade poderia representar uma ameaça à ordem pública. Além disso, não foi dada ao trabalhador a presunção de inocência, sendo o mesmo considerado culpado até que se prove o contrário, já que está preso sem a existência de provas contra ele. Vale destacar também que não houve perícia no suposto fuzil encontrado, sendo impossível afirmar que o objeto pertencia à Diego. Por outro lado, sua moto foi retida para perícia, mesmo o veículo estando em situação regular, e em seu nome, com todos os documentos em dia.

Os amigos e familiares do mototaxista, desde sua prisão, têm denunciado amplamente o caráter farsesco das acusações contra ele e se mobilizado para conquistar a liberdade do trabalhador. Manifestações estão sendo organizadas exigindo justiça.

A justiça de classe do velho Estado 3j6w39

O caso de Diego se soma aos milhares de casos de pessoas presas sem terem sido julgadas. No Brasil, segundo o Ministério da Justiça em 2019, 33% dos presos em todo o país estavam sob regime preventivo, aguardando julgamento. Tal dado expressa o caráter antipovo da justiça do velho Estado, que encarcera em massa o povo pobre, principalmente preto, enquanto os crimes perpetrados por agentes do velho Estado, políticos e latifundiários ficam impunes.

Essa alarmante situação do sistema prisional brasileiro se complementa com outro aspecto da violência reacionária contra o povo: o genocídio executado pelas forças policiais contra milhares de massas. O ano de 2023 se destaca nesse quesito, exemplo disso é que apenas na última semana foram 44 pessoas mortas em decorrência de ação policial, como nas odiosas operações ocorridas no Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
Agora, mais do que nunca, AND precisa do seu apoio. Assine o nosso Catarse, de acordo com sua possibilidade, e receba em troca recompensas e vantagens exclusivas.

Quero apoiar mensalmente!

Temas relacionados:

Matérias recentes:

Revolucionários de todo mundo rendem homenagens à Basavaraj, dirigente comunista indiano assassinado 2f6k2w

Soldados israelenses são feridos em Shejaiya com a intensificação das emboscadas da resistência 6n3047

09/06/2025

Israel detém ativistas de Madleen em Ashdod e os obriga a assistir ao vídeo de 7 de outubro 62r6v

09/06/2025