SP: Pesquisa revela que moradores de bairros ricos vivem 22 anos a mais do que os que residem em bairros pobres na capital 4j3e3s

SP: Pesquisa revela que moradores de bairros ricos vivem 22 anos a mais do que os que residem em bairros pobres na capital 4j3e3s

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Mapa da desigualdade 2021 mostra que pessoas que vivem em periferias de São Paulo vivem em média 20 anos a menos do que as que moram em bairros nobres. Foto: Eduardo Micheletto

Um estudo divulgado no dia 21 de outubro, pela Rede Nossa São Paulo, mostrou a grande disparidade da expectativa de vida entre moradores de zonas diferentes da cidade de São Paulo. 

O estudo intitulado Mapa da Desigualdade 2021 observou que a média de vida no bairro nobre Alto de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, é de 80,9 anos, enquanto no bairro Cidade Tiradentes, localizada no extremo da zona leste de São Paulo, essa média cai para 58,3 anos, ou seja, 22 anos a menos. A média da cidade de São Paulo é de 68,2 anos. 

O estudo foi feito a partir de um cálculo equivalente à soma das idades ao morrer dividida pelo número total de mortes. O estudo estabeleceu o “desigualômetro”, em que mede a distância entre o melhor e pior indicador. O mapa da desigualdade compara dados públicos entre os 96 distritos de São Paulo. 

Gráfico mostra a diferença na expectativa de vida em bairros da capital paulista. Foto: Rede Nossa SP

Ainda foram documentadas a média de mortalidade na pandemia da Covid-19, e se constatou que há uma diferença de 2,2 a mais de mortes em áreas precarizadas, ou seja em locais abandonados pelo velho Estado, onde falta saneamento básico, onde as casas se localizam mais próximas uma das outras, e onde a renda média das famílias é muito menor em relação às famílias dos  bairros nobres.

O coordenador geral da Rede Nossa São Paulo afirmou: “a gente percebeu que existe uma comorbidade que é o local onde a pessoa mora, as áreas periféricas que distritos que estão mais nas periferias tem uma determinada comorbidade, que é habitação precária, que é saúde e educação de uma menor qualidade, oferta de infraestrutura de água, de esgotamento sanitário.” 

PROBLEMA SISTÊMICO 

A desigualdade brutal da sociedade brasileira é resultado de uma estrutura econômica de capitalismo burocrático. Nela, o latifúndio engendra relações pré-capitalistas, de tipo semifeudal, com os camponeses pobres que amarra-os ao sistema de meia, terça, de servidão. Em busca de melhores condições de vida, grande parte dessa massa empobrecida e sem direito à terra, acaba migrando para a cidade. Ao chegar nos grandes centros urbanos se depara com uma realidade de desemprego, desindustrialização, falta de moradia, de comida e de assistência médica. Por conta disso, essas famílias de origem camponesa acabam tendo que morar em favelas e periferias, fazendo aumentar o bolsão de miséria visto nas grandes cidades brasileiras.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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